O dia de liberdade

  A Páscoa foi há uma semana. Ela, sim, foi uma grande data para comemorarmos. Mas por que?

  Hum.. porque ganhamos muito chocolate! Certo? Errado. 

   A páscoa é a data em que comemoramos a ressurreição de Cristo, é o dia em que comemoramos a nossa liberdade, a vitória de Cristo na cruz, a derrota do inimigo, o direito à vida eterna!

  No antigo testamento da Bíblia, o povo de Israel foi escravizado no Egito. Mas Deus enviou Moisés em Seu nome para ter com o rei e libertar o povo da escravidão, e conduzí-los até a terra prometida. Mesmo diante de milagres, o rei não queria aceitar a libertação do povo judeu. Então Deus mandou que dez pragas caíssem sobre o Egito, e assim sucedeu, até que na décima praga Deus deu ordens especiais ao povo: na tarde que antecipava a vinda da última praga, todas as famílias deveriam ter escolhido para matar um carneirinho ou um cabrito (sem defeito, de um ano) para sua família, e se esta fosse pequena demais, o animal deveria ser repartido com o vizinho mais próximo; eles deveriam pegar um pouco do sangue do animal e passar nos batentes das portas das casas onde os animais iriam ser comidos. Naquela mesma noite os animais deveriam ser comidos, sendo a carne assada na brasa e comida com pães sem fermento e ervas amargas; o animal inteiro deveria ser assado, incluindo a cabeça, as pernas e os miúdos. O povo então já vestido para partir na manhã seguinte, deveria comer. 

   Naquela noite, na primeira páscoa, o anjo do Senhor passou pelo Egito e morreram todos os primogênitos, tanto das pessoas como dos animais. Até mesmo o filho primogênito do rei fora morto. Mas aquele povo que estava com o sangue no batente das suas portas foi poupado, pois este era o povo do Senhor. 

   No dia seguinte, para se cumprir a profecia de Moisés, o rei expulsou o povo judeu do Egito.

   Esta festa deveria passar a ser comemorada sempre entre o povo de Israel, como a "Festa dos Pães sem Fermento". Nela o cordeiro, que não devia ter nenhum osso quebrado, significava o sacrifício; o pão sem fermento significava a pureza; e as ervas amargas significavam a pesada servidão a que eram submetidos, e a recordação da milagrosa libertação.

   No novo testamento Jesus atribuiu um novo significado à páscoa. Então na noite da Festa dos Pães Asmos, Jesus reuniu seus apóstolos para ceiarem com ele.

   "Depois pegou o pão e deu graças a Deus. Em seguida partiu o pão e deu aos apóstolos, dizendo: - Isto é o meu corpo que é entregue em favor de vocês. Façam isto em memória de mim. Depois do jantar, do mesmo modo deu a eles o cálice de vinho, dizendo: - Este cálice é a nova aliança feita por Deus com seu povo, aliança que é garantida pelo meu sangue, derramado em favor de vocês." (Lucas 22:19-20)

   Ou seja, irmãos, a primeira festa de páscoa foi comemorada pela libertação do povo de Israel da escravidão no Egito, com a carne de um carneiro sem defeitos, e o sangue do mesmo no batente das portas; e muito tempo depois o Cordeiro de Deus, o Senhor Jesus, puro, santo, sem pecado, comemorou a páscoa dando seu próprio sangue, sua própria carne para que TODOS OS POVOS pudessem ser libertos e salvos!

   Que maravilhoso amor nosso Deus tem por nós! Deu Seu próprio Filho, para nos libertar da escravidão das trevas.

   Irmãos, espero que todos tenham compreendido o real sentido da Páscoa. A páscoa é o nosso dia de liberdade! E há dois mil e dez anos que podemos vivê-la!

  Com grande amor meu Deus preencheu meu vazio, salvou minha alma e sarou meu coração, me fez livre pra poder adorá-Lo. 

   "Por isso, no mundo dos que estão vivos, viverei uma vida de obediência a Ele." (Salmos 116:9)

Publicação original feita em 09/04/2010.