Estou lendo um livro atualmente que tem me trazido muita inspiração, chama-se Deus em Questão, de Armand M. Nicholi Jr. Neste livro o autor e grande pesquisador fez buscas bastante profundas nas raízes de Freud e C.S. Lewis, colocando-os lado a lado em suas opiniões tão opostas sobre os mesmos assuntos. Gostaria de compartilhar nesse post - e talvez nos seguintes também, como estudos, pois assunto não faltará - um trecho que mostra a continuidade da frase mais célebre de Lewis. Acredito que você a reconhecerá ao iniciar a leitura, mas de qualquer forma, a destacarei.
"Se eu encontro em mim mesmo um desejo que nenhuma experiência desse mundo possa satisfazer, a explicação mais provável é que eu fui feito para um outro mundo. Se nenhum dos meus prazeres terrenos é capaz de satisfazê-lo, isso não prova que o universo é uma fraude. Provavelmente os prazeres terrenos não tem o propósito de satisfazê-lo, mas somente de despertá-lo, de sugerir a coisa real. Se for assim, tenho de tomar cuidado para, por um lado, jamais desprezar ou ser ingrato em relação a essas bênçãos terrenas, e, por outro, jamais confundi-las com outra coisa, da qual elas não passam de um tipo de cópia, ou eco, ou miragem. (...) Devo manter vivo em mim o desejo pelo meu verdadeiro país, que eu não devo encontrar antes da minha morte; não devo deixar que o enterrem ou ponham de lado; devo torná-lo o principal objetivo da vida, que me impulsione em direção a esse outro país e me faça ajudar os outros a fazerem o mesmo. (...) Por toda a sua vida, um êxtase inatingível paira além da compreensão da sua consciência. O dia virá em que você irá acordar e descobrir, além de toda esperança, que você o conquistou, ou então, que embora estivesse ao seu alcance, você o perdeu para sempre."
Confesso que nunca havia pensado nas palavras "cópia, ou eco, ou miragem" como uma forma de descrever as coisas que experimentamos enquanto vivemos neste mundo, mas não consegui encontrar melhor comparação.
Acredito que não será necessário um estudo profundo sobre o trecho de Lewis, ele, por si só, já explica de forma bastante clara a atitude que nos compete ter enquanto não vamos, enfim, ao nosso verdadeiro país. Que nossa busca seja nosso objetivo de vida, que possamos desejá-lo e compartilhá-lo com outros - sem, obviamente, ignorarmos o que temos aqui; mas sabendo que nossa realidade, aquela que nem mesmo conseguimos imaginar as proporções ainda, se estabelecerá quando o Filho de Deus voltar.
Paz.
